by Juarez Barbosa Juarez Barbosa

A cinco dias atrás, seis trabalhadores morreram devido ao vazamento de monóxido de carbono em uma siderúrgica de Tadipatri, em Andhra Pradeshm na Índia em instalação que pertencente a uma  Industria Siderúrgica Brasileira.

Informações preliminares informam que um vazamento de gás monóxido de carbono foi a causa da fatalidade.

Sem muita informação sobre o acidente e sem nenhuma intenção de fazer qualquer análise crítica, aproveito este fato para abordar que com as devidas avaliações de risco e tomadas de medidas mitigatórias, que acidentes como este poderiam se facilmente gerenciados e não mais fazer parte de nossa história dado a existência de tecnologia dominada na detecção, permitindo a gestão de riscos  para este tipo de evento.

Para entendermos este tipo de risco precisamos informar que o Monóxido de Carbono (CO) é um gás levemente inflamável, inodoro e muito perigoso devido à sua grande toxicidade qdo inalado pelo ser humano ou animais.

O Monóxido de carbono normalmente é produzido pela a combustão incompleta devido à queima em condições de pouco oxigênio.

O monóxido de carbono é letal porque, depois de inalado combina com a hemoglobina, ou seja, as moléculas de CO se prendem aos glóbulos vermelhos, impedindo que o corpo absorva oxigênio formando carboxihemoglobina, com isto, diminui a quantidade de hemoglobina disponível para o transporte de oxigénio, levando a dores de cabeça, dores no peito, tonturas, confusão, fraqueza, náuseas, vómitos, perda dos sentidos e fatalidade.

Gás Monóxido de carbono está normalmente presente em algumas atividades na siderúrgicas, como por exemplo em altos-fornos, onde surge como um subproduto dentro do forno e que é usado como combustível para aquecer em sistemas de aquecimento de geração de ar quente, este gás contém de vinte a vinte e cinco por cento de monóxido de carbono.

Hoje existem diferentes tecnologias de detecção da presença de monóxido de carbono o gerenciamento do risco pode ser feito associando controle com medidas mitigadoras reduzindo tanta a frequência de ocorrência como a sua severidade, veja abaixo:

  • È possível fazer o controle e detecção da presença do Monóxido de carbono de modo Individual ou fazer o controle automático de grandes áreas através de monitoramento continuo do risco neste caso do ponto de vista da gestão de risco consideramos o melhor do mundo utilizar tanto controle individual e controle centralizado de área de risco,
  • Estabelecer segregação de área com controle de entrada ligada ao monitoramento impedindo entrada sem uso de máscaras de oxigênio associando tecnologia RFID com medição de concentração de gases.
  • Insuflar ar em locais com elevada concentração.
  • Estabelecer sinais sonoros de alarme e em condições de risco relativo a concentração aceita (*)
  • Estabelecer padrões rigorosos e rotineiros de aferição dos medidores de CO
  • Os dispositivos individuais de detecção de gases devem ser concebidos de forma que sejam fáceis de ler e serem usados por qualquer um.
  • Estabelecer rotinas de aferições diária dos aparelhos de medição individual

 

OBS:. Mesmo que dispositivos de detecção de gás sejam extremamente confiáveis, ainda existe o risco de mau funcionamento, num determinado momento porque não existe nada nenhum dispositivo a prova de falas e as falhas podem ocorrer por exemplo, como resultado de influências externas ou mesmo porque os filtros ou a entrada para o sensor podem estar bloqueadas pela sujeira ou acúmulo de poluentes. Neste caso as moléculas gasosas não vão alcançar sensores como deveriam.

Por exemplo a contaminação dos sensores por substâncias como o silicone também pode levar a perdas significativas de sensibilidade. E, se um dispositivo for danificado por queda durante o uso, ou sofrer pancadas fortes podem causar danos aos seus componentes internos.

Então é preponderante aferição dos dispositivos individuais antes de início da cada jornada.

 

Limites Internacionais Aceitos – (*)

O limite de tolerância do monóxido de carbono é de 40 ppm. Todavia, segundo alguns autores, uma concentração de monóxido de carbono no ambiente de cerca de 10 ppm pode determinar efeitos tóxicos após uma hora de exposição

Então duas variáveis são importantes tempo de exposição e concentração de  CO

 

 

OBS:. HBCO = carboxiemoglobina

Do ponto de vista de exposição ocupacional as normas internacionais estabelecem os seguintes limites relativo ao tempo de exposição.

A Norma brasileira NR 15: define limite de 39 ppm – jornada de 48 horas semanais e em atmosfera normal – não ar mandado

Com o foco no Risco de Fatalidade e para efeito de controle e monitoramento temos visto muitas empresas utilizando limites mais rigorosos para ajustes dos alarmes internos de controle.

Seguindo a Norma OSHAS

O teor de monóxido de carbono da atmosfera em uma sala, edifício, veículo, vagão ou qualquer espaço fechado deve ser mantido a não mais de 50 partes por milhão (ppm) (0,0039%) como um nível de exposição média de oito horas.

A Norma também estabelece que e empregados devem ser removidos a partir do espaço fechado, se a concentração de monóxido de carbono exceder um limite máximo de 100 ppm (0,01%).

Temos então que estar atentos a dois limites um relativo a concentração letal e outro a exposição num espaço de tempo.

Nosso Objetivo é Salvar Vidas