by Juarez Barbosa Juarez Barbosa

Temos sido frequentemente abordados com perguntas em como proceder no projeto e instalação de linha verticais.

Os critérios para construção de linha de vida não mudam, pois a construção de uma linha de vida na vertical é uma particularidade do método de construção de linha de vida, já abordado em outros post’s, mas como há algumas dúvidas manifestadas pelos colegas que visitam o site, vamos tentar esclarecer neste post.

Linhas verticais são muito utilizadas em trabalho em altura, muito comuns na mitigação de risco individual, também muito comuns nas escadas de marinheiro normalmente com uso de trava-quedas.

As ancoragens das linhas de vida verticais devem ser dimensionadas em conformidade com os trava-quedas utilizados por questão de coerência de projeto.

Os trava-quedas no Brasil são fabricados segundo requisites das normas abaixo:

ABNT NBR 14626:2010 – Trava-quedas deslizante em linha flexível,

ABNT NBR 14627:2010 – Trava-quedas deslizante em linha Rígida,

ABNT NBR 14628:2010 – Trava-quedas retrátil

1 – Linha de vida com trava-quedas retrátil

O Uso de trava-quedas retrátil e a melhor solução no uso de linha de vida vertical, porque além de darem maior liberdade ao executante deixando o tempo todo as duas mãos livres, são os dispositivos que dão menor impacto na ancoragem e no trabalhador, são muito indicados quando temos limitação na zona livre de quedas, em montagem e desmontagem de andaimes quando a existem uma estrutura próxima onde é possível conectar linhas verticais, em suma é a melhor solução e projetos de linha verticais. Recomendamos que o trava-quedas retrátil seja acoplado na fivela tipo “D” existente na parte posterior do cinto trava quedas (costas), pois no caso de queda o cabo do trava quedas na vai atingir o rosto do trabalhador.

Travas-quedas retrátil existentes em geral estão dimensionados para carga de ruptura de 22 KN ou 2.243 Kgf, então as ancoragens devem ser dimensionadas para mesma carga por questão de coerência de projeto, se não as ancoragens vão se tornar o elo fraco da corrente.

2 – Linha de Vida com Trava-quedas com cabo de aço ou cordas

Os trava-quedas de cabo de aço são utilizados como proteção contra quedas em geral normalmente são utilizados com cabos de aço de 8 mm, com carga de ruptura de 2.270 kgf

Trava-quedas com uso de corda estão dimensionadas com carga de ruptura de 20 kN, ou seja, 2.039 kgf para cordas de 12 mm.

Assim como nos trava quedas retrátil as ancoragens devem ser projetas para suportar tensão conforme carga de ruptura.

Sempre é necessário lembrar que o Trava Quedas é de uso individual, ou seja, não pode ser compartilhado entre dois ou mais profissionais, assim como a linha de vida.

O Talabarte também costuma ser utilizado como meio de proteção contra queda fixado diretamente numa ancoragem. Neste caso o dimensionamento da ancoragem vai depender do fator de queda.

Recomendamos utilizar a equação de Sulowski Abaixo:

Onde:

F = Força de Impacto em Newtons (N)

m = massa do trabalhador e roupas + massa das ferramentas + massa dos EPIs (kg)

K = Modulo da corda (N)

f = Fator de queda H/L

H = Altura de queda livre (m)

L= Comprimento do Talabarte (m)

a = Fator de redução do trava quedas

b = Fator de redução do Cinto de Segurança (1)

s = Fator de redução do absorvedor de queda (80% a 70% redução)

c = Fator de Conversão corpo ´rígido/ manequim

Para maiores informações veja nosso Post divulgado

“ PROJETO DE LINHA DE VIDA SEGUNDO NORMAS BRASILEIRAS”

Atenção: A NR18, mais especificamente item NR 18.15.56.2 define que o ponto de ancoragem deve ser capaz de suportar 1.500 kg, isto só é valido se não houver fator de queda. Ou seja, 1.500 kg é para uma pessoa dependurada na ancoragem sem que a linha tenha que absorver energias da queda (mgh).

Nosso Objetivo é Salvar Vidas.