by Juarez Barbosa Juarez Barbosa

Cada vez mais um número maior de mulheres que executam trabalho que antes eram executados somente por homens, isto é bom porque cada vez mais as mulheres estão se firmando como mão de obra competente, disciplinada e eficiente.

Entretanto o mercado deve se preparar para este fato e do ponto de vista da segurança requer equipamentos de proteção pessoal que antes não eram exigidos.

De acordo com “Occupational Safety and Health Administration” dos Estados Unidos (OSHA), em 2010 cerca de 9%  dos trabalhadores, ou seja 818.000  vagas no setor da construção eram ocupadas por mulheres, não tenho estatística atualizadas mas esta proporção só aumenta com o passar do tempo..

No Brasil não deve ser diferente, na realidade estamos observando que é mais visível a presença da mulher onde a pouco tempo atrás era impensável como atividades de soldagem, execução de trabalho em altura etc.

Entretanto no Brasil ainda não temos EPI’s e EPC’s específicos para uso feminino.

Nos Estados Unidos os primeiros uniformes adequados e desenhados para o corpo feminino foram desenvolvidos em 1941, porque precisavam das mulheres na indústria que iria abastecer as tropas americanas na segunda guerra mundial.

Na década de 80, que nos Estados Unidos e Canadá começaram a projetar EPI’s específicos adequados ao corpo feminino.

Veja Protótipo desenvolvido em Toronto Canadá – Cinto projetado para mulheres

Fonte Fundamentals of Fall Protection – Andrew Sulowski

Em relação a trabalho em altura foram feitos testes para estabelecer limites para desaceleração em quedas acopladas a ancoragens e ou linhas de vida, daí se definiu absorvedores de energia para reduzir impactos sobre a pessoa em queda pega pela linha de vida.

A Norma Brasileira define que o absorvedor deve abrir de modo a limitar o impacto a uma força de 600 kgf.  Os testes feitos até então foram feitos com pessoas do sexo masculino em boa forma física e jovens, não sabemos se estes valores são compatíveis para pessoas do sexo feminino.

As estatísticas de acidentes ocorridos em estadas americanas reportada pelo “ National Highway Traffic Safety Administration” e revela que ente a idade de 15 a 45 anos, as mulheres têm um risco 25% maior de sofrerem trauma fatal em acidentes nas mesmas condições que os homens.

Estes dados nos leva a pensar que existem diferenças na susceptibilidade a um trauma fatal em decorrência da mulher não suportar impactos similares quando comparados aos homens de mesma idade.

É um assunto para se pensar.

A realidade é que hoje não existem EPI’s feitos especificamente para mulheres no Brasil, neste caso falando mais especificamente sobre o cinto de segurança.

Também em relação aos absorvedores de energia dos cintos de segurança que que limitam a 6 KN  (600 kgf) podem não ser adequados para a proteger as mulheres, precisamos estudar este assunto.

 

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