by Juarez Barbosa Juarez Barbosa

Uso de “Dispositivos de Engenharia” para Mitigação de Risco de fatalidade

Vamos agora dedicar uma série de post sobre uso de dispositivos de engenharia utilizados na redução de risco de fatalidades.

Uma vez tive contato com um estudo da Alta Corte Australiana (Tribunal) sobre efetividade de ações na gestão ou redução do risco de fatalidades.

Nos processos de julgamento de acidentes fatais na Austrália, sempre as empresas alegavam que treinaram e qualificaram o empregado, argumentavam que o empregado tinha se acidentado por descumprir os padrões ou não seguir as instruções dadas em treinamentos, palestras de segurança etc. , como a frequência destes argumentos na “Alta Corte Australiana” era muito frequente. Os Magistrados Australianos resolveram contratar um estudo para avaliar quão era eficaz o uso de treinamento e implantações de padrões na efetiva redução da taxa de falha de acidentes fatais na Austrália.

Abrindo um parêntese para um comentário pessoal, “Eu acredito que assim como acontece com empresas no Brasil as empresas Australianas estavam atuando defensivamente, mais preocupadas em formar evidências que pudessem ser utilizadas em processos legais do que efetivamente esterem se dedicado a gestão e redução de risco de fatalidades. ”

Não foi surpresa nenhuma para todos aqueles que conhecem e sabem como fazer gestão de risco que o estudo solicitado pela Alta Corte Australiana indicou que as ações de treinamento e implantação de padrões eram pouco eficazes na redução dos riscos, estima-se reduzem no máximo 30% do risco numa escala de zero a cem por cento, por outro lado o estudo indicava também, que uso de dispositivos de engenharia utilizados na mitigação de risco tinham efetividade bastante animadora e elevada de até 90%.

Estudos feitos nos Estados Unidos da América para determinar a eficácia dos dispositivos de segurança em automóveis como Airbag e Cinto de Segurança na redução da taxa de mortalidade e da gravidade da lesão, em analise 184.992 acidentes ocorridos entre 1988 e 2004, comprovou-se que houve uma redução de 67% da taxa de mortalidade com ocupante acidentado quando este estava utilizando Cinto de Segurança e Airbag comparado com ocupantes que não estavam.

Outro estudo nos Estados Unidos da América analisou o período de 1992 a 1997 considerando apenas colisões frontais diretas de 9.859 acidentes rodoviários envolvendo 19.718 carros de passageiros. Neste estudo, com passageiro utilizando somente cinto de segurança, o estudo indicou  uma redução de 72% da taxa de mortalidade e utilizando Cinto de Segurança e Airbag a redução foi de 80%.

Resumindo, os números indicados no estudo da Alta Corte Australiana era confirmados por  outros estudos.

Em outras palavras nenhum treinamento ou elaboração de padrão para motoristas vai conseguir atingir números tão eficientes! Nunca!

Então fica a pergunta, porque apesar de existir inúmeros dispositivos de segurança que visam evitar acidentes fatais em diversas atividades na laborais, estes não são utilizados para redução dos riscos de acidentes fatais pela Indústria de Construção civil, Minerações e Industria de Transformação em geral?

Porque ficam insistindo em ficar falando sobre comportamento do empregado treinamento e implantação de padrão? E não prorizam ou mesmo consideram métodos mais eficazes quando podem ser utilizados?

Não seria porque estariam mais preocupadas em criar evidências que reduzam a probabilidade de uma ação trabalhista ou mesmo processo judicial civil, do que fazendo engenharia de segurança de modo mais efetivo?

Acredito que existam casos que não sejam aplicados dispositivos de  engenharia pelo desconhecimento de existência de alguns dispositivos e tecnologia que vão permitir reduzir risco de fatalidades, outro motivo, pode ser por questões financeiras, dispositivos custam mais do que elaboração de treinamentos internos e elaboração de padrões também! Com o desenvolvimento de novas tecnologias, isto também pode não ser mais verdade pelo menos uma verdade absoluta, podem haver casos onde seria razoável implementar um dispositivo que vai reduzir fatalidades e também reduzir danos materiais causados pelos acidentes, resumindo eles se pagam!

Vamos então neste início de 2017 resolver o problema da falta de informação abordando todos os dispositivos de segurança existentes que temos conhecimento para redução do risco de fatalidades, que permitam reduções elevadas das taxas de falha.

Nossos próximos Post vão tratar destes assuntos.

Tecnologia para controle da fadiga e Sono em motoristas

Tecnologia para redução de riscos na movimentação de carga com guindaste veicular articulado

Tecnologia para redução de riscos nas atividades de manutenção da via férrea

Tecnologia para proteção de Guindaste próximos a Linha de Eletrificadas

Tecnologia para controle da interface Homem x Máquina

Nosso objetivo é salvar vidas!