Algo em torno de 5.000 fatalidades por ano ocorreram nos Estados Unidos da América de 2003 a 2010, segundo fontes Bureau Labor Statistics USA (BLS), tivemos no período a distribuição de acidentes fatais cujos os principais grupos de risco estão detalhados conforme quadro abaixo:
Chama atenção o fato de que quase a metade de acidentes fatais que ocorrem em solo americano são decorrentes das atividades de transporte de bens nos Estados Unidos, nos acreditamos que no Brasil não deva ser diferente sugerindo números até pior pelas condições das estradas brasileiras
Não estudamos dados estatísticos do Brasileiros e optamos por utilizar para esta análise dados estatísticos BLS porque são mais confiáveis que as nossas estatísticas.
Número de Fatalidades ocupacionais no transporte bens, materiais e minérios representa 42% de todas fatalidades num longo período de 8 anos.
Vamos detalhar estes números porque são muito significativos.
Acreditamos que o elevado número deve ser elevado por vários fatores de risco inerente a atividade, mas principalmente porque o número de pessoas expostas também deve ser muito ser alto.
Em números absolutos os acidentes fatais nas atividades de transporte chamam a atenção, apesar de que não temos elementos suficientes para comparar diferentes grupos de risco, pois para tal, teríamos que levar em consideração a população exposta relativa de cada grupo, mas infelizmente esta informação não está disponível nos bancos de dados do BLS e outros bancos de dados pesquisados, ou pelo menos não conseguimos obtê-lo até o momento.
Detalhando o grupo “Acidentes durante Transporte”, temos a seguinte distribuição dos acidentes fatais:
Acidentes em autoestrada são responsáveis por 57% dos acidentes durante transporte, o que torna muito difícil a gestão por parte do gestor do negócio, pois a estrada é um ambiente de risco com muitas variáveis fora do controle do gestor de segurança de qualquer empresa.
Na gestão de Risco na etapa mitigação deve-se sempre levar em consideração a Hierarquia de efetividade da Ação, seguindo a seguinte ordem:
- Atuar no ambiente de risco com “Eliminação do Perigo” e consequente eliminação do Risco – Redução do Risco em 100%
- Atuar no ambiente de risco de forma a reduzir a frequência de exposição reduzindo risco proporcionalmente – Redução proporcional a frequência de redução
- Atuar no ambiente de risco de forma a reduzir o número de pessoas expostas – Redução proporcional a redução no número de pessoas expostas.
- Atuar no ambiente de risco instalando dispositivos de engenharia de forma a reduzir a severidade ou a taxa de falha – Reduções de até 90% do risco
- Atuar no comportamento das pessoas e treinamento visando reduzir taxa de falha – Redução de até 30% do risco
Apesar das dificuldades de atuar em um ambiente de risco tão complexo e fora de controle, temos mesmo assim algumas ações podem ser tomadas para mitigação deste risco.
- Priorizar o uso da ferrovia no transporte de bens e produtos quando for possível
- Reduzir número de viagens maximizando uso de recursos disponíveis
- Monitorar os veículos de transporte principalmente caminhões via sistemas de monitoramento, rastreamento e telemetria.
Sistemas de Monitoramentos hoje existentes são capazes de controlar:
- Velocidade do equipamento
- Uso de Cinto de Segurança
- Curva Brusca
- Frenagem brusca
- Uso de Freio motor/ freio de retardo/freio de serviço
- Localização precisa
- Alarme e alertas em locais de risco
- Condução segura e rating de motoristas
- Tempo de Direção
- Dispositivo que identifica nível de álcool do motorista
- Monitoramento de acidentes etc.
Acreditamos que utilizando um sistema de monitoramento e rastreamento, poderemos reduzir os riscos de acidentes em números da ordem de 30% a 40%, considerando que o uso desta tecnologia vai permitir padronizar a operação, gerar dados e informações para uma busca continua na redução de risco atuando sobre os riscos ligados aos equipamento próprio e efetivo próprio.
Nosso objetivo é salvar vidas!