by Juliano Matos Ribeiro Juliano Matos Ribeiro

Trabalho Altura em Telhados

As quedas em altura são uma das causas mais comuns em acidente mortais no local de trabalho, nomeadamente nos setores da montagem eletromecânica e civil, as quedas em altura provocam acidentes mortais é com muita sorte provoca lesões graves, em certos casos a perca da mobilidade (tetraplegia) a toda uma série de limitações e incapacidade ao retorno ao mundo laboral, com isso a um impacto humano, financeiro e econômico em todas as esferas. Os custos humanos destes acidentes não são aceitáveis, pois há sempre maneiras economicamente viáveis de ser evitar o acidente quando estivermos em atividades classificadas como trabalho em altura.

Obedecendo a hierarquia do risco em atividade em altura conforme descrito no item 35.4.2 da NR35, devemos sempre buscar alternativas que evitem a exposição ao risco de queda, sempre, considerando a primeira opção de:

“NÃO REALIZAR DE ATIVIDADE EM ALTURA, SEMPRE QUE EXISTIR MEIO ALTERNATIVO DE EXECUÇÃO. ”

A segunda opção consiste na utilização de proteções que elimine o risco de queda dos trabalhadores.

A terceira opção medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não for eliminado, em qualquer atividade em altura devemos sempre estabelecer padrões robustos de planejamento.

Trabalho em altura em telhados é o tema deste post.

Para este tema vamos comentar os cuidados com o padrão de trabalho com restrição de queda.

Este sistema é usado para impedir o usuário de alcançar a zona aonde exista o risco de queda com diferença de nível, existe uma diferença notória em relação a outras técnicas mais utilizadas, sendo a principal diferença é que adotando este método a única queda que o usuário poderá sofre é uma queda no mesmo nível.

   Queda de mesmo nível do executante da atividade.

O sistema de restrição possui várias limitações sendo as principais:

  • São limitadas a movimento no plano horizontal;
  • Restringem a mobilidade do usuário, isto é, podem permitir o movimento para certas partes de uma estrutura mais não para outras;

      Sistema de restrição de queda de limita o executante a borda.

 

Aumento do comprimento do sistema de restrição de queda permite ao usuário acessar o canto, mas o coloca em risco de queda sobre uma das extremidades mais próximas

                                                                Legenda

O método de trabalho com restrição leva em consideração características específicas do local como:

  • O comprimento do talabarte de segurança ou linha de ancoragem pode somente ser apropriado para a uma situação
  • Não poderá ser utilizado em situações em que possa ocorrer uma queda, por exemplo, onde existir um risco de uma queda no raio de atuação
  • Deve atentar para o risco de queda em uma superfície feita de material frágil, quebra de telhas por exemplo, visto que isto poderá levar a graves ferimentos ao usuário, no caso de superfície frágil outras medidas deverão ser utilizadas como pranchas metálicas ou de madeira.

Obs: No uso de pranchas metálicas ou de madeira devemos analisar a resistência, e as mesmas deverão estar amarradas, isso poderá trazer morosidade a execução da atividade.

Trabalho com restrição.

  • Ponto de ancoragem;
  • Linha de vida flexível de corda;
  • Ponto frágil no telhado, risco de queda acidental do executante.

As várias opções de equipamento para trabalho com restrição, desde talabarte fixo ou regulável, alguns trava-queda retrátil específicos, e cordas com trava queda de corda, devemos nos atentar a escolha correta dos equipamentos sempre buscando medidas que evitem o executante caia pela borda

Em uma passarela onde temos como ponto de ancoragem de uma linha de vida, recomendamos uso de um talabarte como restrição, porém se este é maior que a largura da passarela, certamente o executante correrá risco de cair pela borda, na queda o usuário do sistema poderá fazer um pendulo, este pendulo irá danifica a parte têxtil do talabarte aumentando assim a possibilidade de rompimento havendo o rompimento, aumentando o risco do usuário do cair em queda livre, nesta situação devemos sempre evitar que o equipamento deixe que o executante se aproxime da borda a ponto de cair.

Talabarte de segurança ou linha de vida flexível e comprida demais; o usuário em risco de queda.

 

Talabarte de segurança ou linha de vida flexível e comprida demais; o usuário cai sobre a extremidade.

O talabarte de segurança ou linha de vida flexível não é longo o suficiente; o usuário não é capaz de alcançar a posição do trabalho.

Importância do comprimento correto do talabarte de segurança ou linha de vida flexível em um sistema de restrição, no caso de utilização de linha de vida flexível (linha de vida de corda) um nó deverá ser feito no tamanho ideal para evita assim a queda da borda, lembrando que este nó deverá ser feito antes que o executante se coloque na plataforma de trabalho da atividade, o planejamento é essencial neste tipo de atividade e a escolha certa do SRCQ (sistema de restrição contra queda).

Nesta ocasião o ponto de ancoragem do sistema de retenção de queda é fixo, isso pode limitar o usuário a um único ponto, em certas situações devemos adotar linha de vida de perfil rígido ou de perfil flexível para a ancoragem do SRCQ, isso trará uma maior mobilidade ao usuário do sistema, no uso de linha de vida de perfil flexível pode ser utilizado corda, de fita chata ou de cabo de aço devemos nos atenta a catenária, está catenária é muito comum em linha de vida de cabo de aço.

  • Limite de movimento do usuário;
  • Elemento de engate do cinturão de segurança;
  • Ancoragem;
  • Talabarte de segurança;
  • Área de risco de queda.

 Sistema recomendado para trabalho em telhados

Na montagem de um telhado devemos utilizar sistema de proteção contra queda (SPCQ)  linha de vida de corda em dois sentidos uma na diagonal em um ponto fixo evitado a queda do usuário na borda interna do telhado, é outra na  cumeeira do telhado evitando a queda do usuário na borda externa do telhado ou seja na borda da calha, sempre devemos atentar a resistência da telha caso a resistência não atenda ao peso do usuário, devemos busca meios alternativos como pranchas metálicas ou tabuas de madeiras.

  • Pontos de ancoragem fixo;
  • Linha de vida de corda;
  • Nó na ponta da corda limitando o usuário do sistema a borda
  • Linha de vida de corda;
  • Trava queda de corda.

Em telhado montado devemos ter uma atenção nas bordas laterais das extremidades onde a o risco de queda, a duas situações distintas é dois riscos grave que pode ser fatal, a primeira seria uma queda na lateral aonde o executante irá pendular indo assim ao centro de gravidade da linha de vida de ancoragem do sistema de deslocamento, com isso o sistema de deslocamento irá entrar em contato com as bordas afiadas que podem danificar a corda, aumentando risco de queda fatal.

  • Linha de vida flexível;
  • Linha de vida de cabo de aço;
  • Extremidade da aresta.

A,B e C- são as opções segura de deslocamento sobre o telhado;

D- Posição a qual a o risco de queda.

A segunda situação seria uma queda direta no solo devido a sua altura em relação a sua largura, este tipo de situação e bem comum neste caso devemo utiliza duas linha de vida flexível uma evita a queda na extremidade da calha é outra para extremidade da aresta, com isso a uma mobilidade maior do usuário sem o risco de queda.

  • Linha de vida flexível;
  • Linha de vida de cabo de aço;
  • Extremidade da aresta;
  • Extremidade da calha.

Trabalho em atura com restrição a borda com uso de trava queda retrátil.

É preciso muito cuidado porque o uso de trava-quedas retrátil tem severas restrições.

A maioria dos trava-queda retrátil e feito para trabalho na vertical, aonde o ponto de ancoragem e acima da cabeça do usuário, em casos excepcionais a trava queda retrátil poderá ser utilizado em plano diferente, devemos sempre buscar está informação no manual do equipamento ou diretamente com o fabricante.

A uma série de complicações no uso deste equipamento para estar atividade uma delas que pode se torna fatal é o fator de queda já que este equipamento não foi projetado para trabalha em fator de queda, o travamento deste equipamento somente ocorre é retém uma queda quando a velocidade de extração da linha de vida retrátil alcança a velocidade de travamento,  no caso do fator de queda poderá levar mais tempo para o trava queda retrátil bloquear, levando a uma distância de queda excessiva, isso afeta alguns componente do equipamento podendo haver rupturas dos sistemas e o usuário vir ao solo.

Exemplo de uma queda em pêndulo, neste cenário o trava queda irá levar mais tempo para bloquear, levando a uma distância de queda excessiva, vale ressaltar que este equipamento tem uma resistência nominal de 600kgf  facilmente podemos ultrapassar está carga, por isso não recomendamos o uso deste equipamento em plano inclinado, em superfície de trabalho de material granular solto, por exemplo, carvão, açúcar ou grãos, em uma situação de deslizamento causada pelo colapso do material, a velocidade de bloqueio do trava queda retrátil pode não ser alcançada, por esta razão, o usuário pode ficar submerso e ser asfixiar.

Qualquer atividade em altura deverá ser planejada é em caso de mudança do cenário ou outros riscos adicionais a atividade deverá ser paralisada e uma nova análise deverá ser realizada sempre devemos envolver a equipe do SMS principalmente nesta atividade.

 

Nosso Objetivo é Salvar Vidas