Trabalho em Altura – Inspeções no Cinto de Segurança
Primeiramente siga as instruções do fabricante sobre:
- A finalidade do dispositivo e os avisos de cuidados,
- As instruções e limitações sobre o uso
- As recomendações para o cuidado (limpeza , manutenção e armazenamento)
- As instruções para a correta vestimenta do cinto
Segundo legislação do Brasil NR-35
Item 35.5.2 – Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações.
35.5.2.1 – Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem.
35.5.2.2 – É obrigatório o registrado o resultado das inspeções de forma a permitir a rastreabilidade tanto na:
- Na aquisição;
- Nas inspeções periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem recusados.
35.5.2.3 Os EPIs, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, por normas internacionais.
A Vida Útil de um Cinto de Segurança ou mesmo qualquer EPI pode variar conforme:
- Frequência de uso;
- Condição de armazenagem;
- Condição de uso e conservação;
- Ambiente de trabalho;
Esses fatores são bastante subjetivos e podem variar conforme cada aplicação ou tipo de trabalho, Soldador, mecânico, lubrificador ou mesmo podem sofrer variações pelo tipo de atividade como construção civil, indústria, etc.
Os fabricantes podem também estabelecer prazos de validade médios de forma a nortear o usuário em processos de inspeção e manutenção. É imprescindível que equipamentos vencidos, de procedência desconhecida ou com sinais de desgaste ou mau uso, sejam inspecionados por profissional habilitado de forma que sejam validados quanto à sua integridade operacional. EPIs não passíveis de reparo, ou que sua performance gere dúvidas devem ser descartados imediatamente de forma a se evitar acidentes.
O que Inspecionar
- Ferragens;
- Tecidos;
- Absorvedor de Energia
- Etiquetas;
- Costuras;
Inspeção em Ferragens
Argola tipo “D”
Verifique as argolas em “D” quanto a deformações, rachaduras, quebras e cantos ásperos ou vivos, oxidação etc. Se possível compare com argolas de outros cinturões de mesmo modelo.
Inspeção nos engates
Verifique se há deformações nos ganchos e olhais, rachaduras, oxidação ou superfícies com impactos ou expostas ao calor excessivo. O fecho deve assentar-se no nariz sem prender-se sem estar distorcido nem desobstruído. A mola do fecho deve exercer força suficiente para fechá-lo firmemente. As travas do fecho devem impedi-lo de se abrir involuntariamente.
Cinturão – Inspeção no Tecido e Costuras
Procure bordas gastas, fibras rompidas, costuras abertas, cortes, pontos queimados e danos químicos.
Usando as mãos, afaste a trama cerca de 20 cm. Dobre-a em forma de “U” invertido como mostra a foto abaixo. A tensão superficial resultante torna mais fácil detectar fibras danificadas ou cortes. Repita este procedimento por toda extensão do cinturão, verificando ambos os lados de cada fita.
Verificar se há sinais de ter havido impactos de queda através da fita indicadora de impacto do cinto.
Inspecionar absorvedor de queda
Verificar a parte externa do pacote quanto a furos de queima, desgaste reparos com fitas isolantes ou mesmo fitas Hellermann etc.
Verificar as costuras nas áreas em que o pacote é firmado a cintos ou talabartes devem ser examinadas quanto a feixes soltos, rasgos e deterioração.
Registar Inspeção em Ficha de Controle
Exemplo de ficha de Controle de Inspeção do cinto
Observação: Não se esqueça que você tem também que fazer uma ficha para o talabarte e absorvedor de energia.
Cintos Rejeitados
É fundamental que seja criado um procedimento capaz de garantir que equipamentos reprovados em processo de inspeção/manutenção sejam de fato retirados de serviço.
Equipamentos confeccionados em material têxtil devem ter suas fitas cortadas como garantia de que o equipamento nunca mais será utilizado.
Para as partes metálicas a inutilização é mais difícil e um destino correto que possa ser acompanhado. O ideal é realmente inutilizar estas peças através do uso de prensas ou maçarico ou outro através de qualquer procedimento que impeça a reutilização do produto em outro cinto.
Consideramos uma boa prática o registro fotográfico do cinto rejeitado e com fotos da destruição.
A ficha de inspeções e documentos de rejeição e do descarte deverão ser guardados pelo SESMT.
OBSERVAÇÃO – Estas Informações acima são orientativas, o SESMT é uma equipe de profissionais, que tem a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade física dos servidores/trabalhadores, então nada deve ser feito sem a aprovação e participação deste.
NOSSO OBJETIVO É SALVAR VIDAS