Liderança – Direcionar, criar e fortalecer.
“O mundo da década de 90 e o que vem depois não pertencerá aos administradores ou àqueles que fazem a dança dos números, como costumamos dizer, nem aos versados naquele economês ou jargão que nós usamos para parecer sabidos. O mundo pertencerá aos líderes motivados e apaixonados – pessoas que não só dispõem de grande quantidade de energia, mas que também são capazes de energizar aqueles por eles liderados”, conforme previu Jack Welch nesta citação, segundo Warren Bennis em ensaio publicado no livro “Liderança para uma Nova Era”, organizado por John Renesch – Ed. Cultrix. O nome do ensaio de Bennis é: “Piloto da Mudança: O Líder como Diretor da Transformação”.
Nas condições das indústrias em geral, onde os profissionais representam diversas culturas empresariais, o alinhamento destes indivíduos em torno de uma nova bandeira exige líderes, algo muito além de gerentes ou coordenadores.
A inspiração para o exercício desta liderança de forma eficaz num agrupamento de profissionais com orientações dispersas decorre da seguinte trilogia, segundo Warren Bennis (1999, p.104 e 105): Direcionar, Criar e Fortalecer.
Direcionamento:
“O líder de hoje precisa direcionar os recursos da empresa, em especial os recursos humanos, mostrando que existem objetivos comuns dignos do apoio e até mesmo da dedicação das pessoas. O direcionamento tem muito a ver com o espírito e a sensação de fazer parte de uma equipe”.
Em outras palavras, o direcionamento consiste do alinhamento de objetivos do negócio com objetivos das pessoas. Talvez fosse possível afirmar, inclusive, que o direcionamento como princípio de liderança seja fazer as pessoas verem na missão do negócio uma parcela da sua própria missão, bem como entenderem a importância da consecução da visão da organização.
Criação:
“O líder atual precisa criar uma cultura institucional na qual as ideias circulem sem sofrer estorvos causados por pessoas temerosas. Este líder se dedica a encontrar problemas e não apenas a resolvê-los. Ele acolhe o erro e até mesmo o fracasso total, porque sabe que vai aprender mais com isso do que com os êxitos”.
A criação como princípio de liderança, portanto, consiste em fazer com que a organização esteja disposta a aprender e que seus membros tenham oportunidade de refletir e avaliar os procedimentos e decisões passadas. É um processo de atualização constante, de melhoria contínua.
Fortalecimento:
“Esse termo, criado nos anos 60 e já pisado e repisado, se refere àquele sentimento que as pessoas têm de estar no centro dos acontecimentos, e não na periferia”.
Fortalecer, portanto, é fazer as pessoas acreditarem que as suas ações possuem significado e importância e que, também, estas ações contribuem para o sucesso do negócio.
Antônio Barros (*)
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(*) Antônio Mendes Barros Filho é Consultor Máster, envolvido diretamente com a Gestão pela Qualidade Total desde 1992. Atualmente dirige um escritório de consultoria, filiado à rede Saffi Consultoria.