by Juarez Barbosa Juarez Barbosa

Em todo o mundo, leis que regulam a saúde e segurança dos trabalhadores estão cada vez mais incluindo requisitos de avaliação e gerenciamento de riscos.

No Brasil apesar de estarmos um pouco atrasados em relação a este movimento, temos algumas empresas com resultados bastantes consistente e avançados em relação a gestão de risco de fatalidades.

Aqueles que desejam implantar um sistema de gestão de risco de fatalidades em suas empresas precisam seguir as etapas da norma AS/NZS 4360 (2004), conforme fluxograma abaixo:

Fase 1 – Estabelecer o Contexto:

Vamos por exemplo estabelecer um contexto de:

Risco de fatalidades de efetivo próprio e contratado relativos a todas de operação e manutenção e limpeza de um sistema de transporte de minério por correias transportadoras.

Fase 2- Identificar Risco –

Estudando um histórico de eventos de acidentes ocorrido em atividades de mineração num período de 10 anos consigo identificar os seguintes Riscos.

  1. Risco de acidente fatal devido à queda de Minério acumulado nas estruturas do transportador
  2. Risco de Acidente fatal devido à Queda de Rolos de Carga ou Retorno
  3. Risco de acidente fatal devido ao colapso estrutural devido ao acumulo material em passarelas
  4. Risco de fatalidades devido ao colapso estrutural devido a presença de corrosão
  5. Risco de Acidente fatal por contato com a correia em movimento
  6. Risco de acidente fatal com Partes Móveis Rotativas
  7. Risco de acidente fatal devido a Queda em vãos livres existentes
  8. Risco de Acidente fatal devido a dificuldades de acesso para inspeção no equipamento
  9. Risco de Acidente fatal durante as atividades de limpeza do equipamento
  10. Risco de Acidente fatal nas atividades de Lubrificação
  11. Risco de acidente fatal em quedas em passarelas devido a remoção de chapas de piso
  12. Risco de acidentes em atividades de manutenção dentro de chutes
  13. Risco de acidentes em atividades de manutenção de cabeças móveis
  14. Risco de Acidente em Reestabelecimento de energia inesperado após desligamento
  15. Risco de devido a falha de bloqueio mecânico no carrinho de esticamento
  16. Risco de Acidente devido a energia potencial em correias regenerativas
  17. Risco de acidente devido a existência corrosão nos guarda-corpos com consequente queda de pessoas
  18. Risco de Acidente fatal devido incêndio no transportador nas atividades de trabalho a quente ou uso de eletrodo de chanfro ou atividades com maçarico
  19. Risco de acidente fatal nas atividades de desentupimento de chute
  20. Risco de Acidente por falha no sistema supervisório
  21. Risco de Acidente por falha inesperada devido ao uso de by-pass
  22. Risco de acidente devido a falha no contra recuo do redutor
  23. Risco de acidente devido a explosão de Acoplamentos Hidráulicos
  24. Risco de acidente fatal na troca de raspadores
  25. Risco de acidente nas atividades onde seja prevista uso de piso removível.
  26. Risco de Acidente deslizamento de pilhas
  27. Risco de acidente fatal devido a deslizamento de pilhas
  28. Risco de Acidente Fatal na troca de roletes de retorno
  29. Risco de Acidente fatal nas atividades de elevação e bloqueio do contrapeso.
  30. Risco de acidente fatal por intervenção de manutenção sem o devido bloqueio elétrico e mecânico do equipamento.

Para cada risco identificado no exemplo (lista acima) deve-se então propor mitigação ou mitigações considerando a Hierarquia de efetividade do bloqueio abaixo, para cada tipo de bloqueio, estudos realizados sobre a efetividade na mitigação do risco, indicam percentuais máximos passíveis de serem obtidos na mitigação de cada ação em função da efetividade da ação implementada.

Ou seja, se qualquer gestor vier a remover o perigo, que em outras palavras significa eliminar o risco, a efetividade da mitigação será de então de 100% relativa ao rating de risco, por outro lado no caso por exemplo de se adotar um dispositivo de engenharia como meio de mitigação deve calcular uma redução no risco de até 90%.

Logo podemos dizer que existe uma hierarquia decisória que nos orienta a adotar ações com maior afetividade seguindo parâmetros da figura anterior.

Busque sempre mitigar risco seguindo prioridade partindo do mais eficiente para o menos eficiente.